domingo, 22 de maio de 2011

Por todo o meu amor de hoje, domingo.


O paraíso: foto tirada algum dia entre 06/09/10 a Abril de 2011

Quando ele vem, os olhos dele abrem todas as janelas para o oceano, brisa fresca, vontade de sorrir e chorar. E ele vem com uma graça, um manejo de fé. Ele é a minha fé se multiplicando de novo. E eu me entrego aos olhos dele.

Eu vejo uma tempestade chegando, então eu espero pela mansidão dos olhos dele. Pureza, perdição. A voz dele é o barulho do vento quando se fica parado na margem do mar, sinto as palavras me tocar de leve a pele. Suavidade, compaixão.

Quando ele caminha as estrelas brilham pra ele, pra clarear o caminho dele até o sol. Já no claro, o sol sorri pra ele. Iluminado. O sorriso dele transforma um momento ruim em maravilhoso. Quando ele sorrí eu vejo a minha alma dançar, se preparar para um concerto musical. Energia. O cheiro dele me transporta para um lugar inabitado, entre o chão e a terra. Uma vontade de ficar lá desmancha a realidade. É como se o mundo fosse bom, e que a vida fosse linda. Ilusão, merecimento.

Quando ele me segura lá do lado de fora do mundo, percebo a multidão me olhando, olhos sem graça. Olhos de ressaca. E ele me segura firme, talvez por medo que eu me quebre ou que eu regasse o chão. Proteção. Quando ele me segura do lado de dentro do mundo, me sinto conquistada por eu mesma, que os anos que vive até aquele momento já são suficientes. Que o que eu fiz ou deixei de fazer já não tem mais importância. A bandeira cravada nos solos do paraíso. Paixão.

O tempo com ele é tão curto, que o sinto ser eterno, cada eternidade no paraíso me faz querer mais e mais estar lá. E assim ele vai embora antes do sol nascer. Dá pra ver os primeiros fios de claridade alcançando as margens do mar. E sem ele, eu fico aqui esperando um milagre. Espero por ele na próxima embarcação.

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